Há séculos que o sumo de romã espanhola é considerado uma bebida medicinal em muitas culturas ancestrais de todo o mundo. De facto, Hipócrates já faz menção a ele no seu receituário como remédio para os males do estômago e dos intestinos.
Dados científicos do sumo de romã.
Esta cultura ancestral do sumo de romã foi sendo transmitida nas gerações ao longo dos séculos. Mas apenas até há quinze anos, esta utilização da romã como uma fonte benéfica para a saúde não contava com dados científicos para corroborar os efeitos saudáveis.
Os antioxidantes naturais do sumo de romã e os seus efeitos saudáveis.
Durante as últimas décadas foi possível constatar que o sumo de romã é a bebida com maior teor de antioxidantes naturais, superando até três vezes um bom vinho tinto de reserva.
Estes antioxidantes naturais são conhecidos cientificamente como polifenóis e exibem atividades biológicas potencialmente benéficas para a saúde.
2000 marca um antes e um depois para o sumo de romã.
Uma investigação em 2000, realizada pela Universidade da Califórnia, o CEBAS (CSIC) Espanha e o Departamento de Ciências Hortícolas da África do Sul, deu conhecer à comunidade científica o elevado teor em antioxidantes naturais do sumo de romã, que posiciona esta bebida natural como a bebida com o maior teor em compostos polifenólicos.
Este dado foi determinante para que a partir de 2000 as investigações do sumo de romã, bem como das suas propriedades e benefícios para a saúde, se tenham multiplicado.
Aumento das investigações do sumo de romã.
Esta revelação do elevado teor em antioxidantes naturais do sumo de romã e das suas propriedades teve como consequência a multiplicação a partir de 2000 das investigações para determinar os possíveis efeitos saudáveis para a saúde do consumo regular do sumo de romã, com a publicação em revistas científicas de mais de 1500 estudos sobre os seus efeitos saudáveis.
Os EUA são um país de referência na investigação sobre o sumo de romã.
Os EUA constituem uma referência para muitos destes estudos. Neste país, no princípio deste século XXI, o sumo de romã e as suas propriedades eram desconhecidas e apenas 3 % da população conhecia este fruto.
Hoje em dia existem mais de 2000 produtos referenciados nas lojas deste país. Além disso, o cultivo da romã nos EUA passou de ser praticamente inexistente para ser o terceiro país produtor de romã em todo o mundo, apenas superado pelo Irão e pela Índia.
Porque aumenta o consumo de sumo de romã nos EUA?
As investigações sobre os efeitos benéficos dos antioxidantes naturais da romã e das suas propriedades saudáveis centraram-se principalmente no cancro da próstata e nas doenças cardiovasculares, duas das principais causas de morte nos EUA.
Os resultados positivos destas investigações tiveram, sem dúvida, muito a ver com o aumento do seu cultivo e do consumo neste país.
Sumo de romã espanhola.
O cultivo da romã é claramente um dos primeiros efetuados pela humanidade, juntamente com a oliveira, a videira e a figueira, e faz parte da base da alimentação das populações mediterrânicas.
O cultivo da romã espanhola foi introduzido pelos árabes há mais de 1200 anos, sendo na zona do levante espanhol onde historicamente mais evoluiu, embora também vá surgindo noutras regiões como a Andaluzia e a Estremadura.
Durante séculos a romã foi muito apreciada pelas suas propriedades e o conhecimento destas foi passando de geração em geração.
No início de 2005 em Espanha foi criado projeto GRANATUM EUROPA, para dar a conhecer as propriedades dos polifenóis da romã e aproveitar o desenvolvimento tecnológico agroalimentar das empresas espanholas e assim conseguir desenvolver produtos derivados da romã espanhola com elevado teor de polifenóis. Em 2007 este projeto começou a comercializar o primeiro sumo de romã realizado com fruta e tecnologia espanhola.